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Cisbra alerta sobre estiagem e a importância da economia da água

Enviado por Comunicação em

Tudo isso agravado por um conflito político-militar entre Ocidente e Oriente o qual priva o mundo do acesso às matérias primas e energias fosseis como adubo, gás e petróleo. Os conflitos entre as nações decorrem de visões de domínio e poder na geopolítica mundial pois os governos sabem das consequências globais do aquecimento climático e uso indiscriminado dos recursos naturais e por isso tentam obter uma posição melhor para um futuro desafiador que teremos. 

Na verdade, a causa primeira é o estilo de vida consumista e predador ao extremo da Natureza. O ser humano esqueceu que a Natureza é uma força viva e reage aos maus tratos infligidos a ela pela humanidade.  Precisamos mudar nosso estilo de vida.

A escassez de água no mundo é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU – Organização das Nações Unidas – fica claro que controlar o uso da água significa deter poder.

As diferenças registradas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento chocam e evidenciam que a crise mundial dos recursos hídricos está diretamente ligada às desigualdades sociais.

Existem regiões onde a situação de falta d’água já atinge índices críticos de disponibilidade, como nos países do Continente Africano, onde a média de consumo de água por pessoa é de dez a quinze litros/pessoa. Já em Nova York, há um consumo exagerado de água doce tratada e potável, onde um cidadão chega a gastar dois mil litros/dia.

Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mundial tem acesso à água potável. A irrigação corresponde a 73% do consumo de água, 21% vai para a indústria e apenas 6% destina-se ao consumo doméstico.

Um bilhão e 200 milhões de pessoas (35% da população mundial) não têm acesso a água tratada. Um bilhão e 800 milhões de pessoas (43% da população mundial) não contam com serviços adequados de saneamento básico. Diante desses dados, temos a triste constatação de que dez milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças intestinais transmitidas pela água.

Vivemos num mundo em que a água se torna um desafio cada vez maior. A cada ano, mais 80 milhões de pessoas clamam por seu direito aos recursos hídricos da Terra. Infelizmente, quase todos os 3 bilhões (ou mais) de habitantes que devem ser adicionados à população mundial no próximo meio século nascerão em países que já sofrem de escassez de água.

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