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Acordo bilateral de Meio Ambiente - Coréia do Sul - Segunda visita ao Brasil

Enviado por cisbra em

Ocorreu durante o mês de Maio/2016, nova visita ao Brasil da comitiva Sul-Coreana responsável por acompanhar os trabalhos do convênio de cooperação firmado entre o Instituto de Tecnologia e Indústria Ambiental da República da Coréia (KEITI) e o governo brasileiro, representado pelo Ministério do Meio Ambiente e o CISBRA.

A chegada dos estrangeiros na cidade de Amparo aconteceu na manhã de domingo, dia 15, onde foram recepcionados pelo Presidente Substituto do CISBRA, Hilário Piffer Júnior e pelo representante do Ministério do Meio Ambiente - MMA, Thyego Pery. No mesmo dia foi realizada uma reunião com os presentes a respeito do andamento do projeto.

Na manhã seguinte, a comitiva acompanhou o trabalho de coleta de amostras para análise gravimétrica dos resíduos domiciliares despejados na estação de transbordo do CISBRA, em Amparo. A gravimetria é uma análise que consiste na determinação indireta da massa de um ou mais componentes de uma amostra de resíduos, como o papel, o papelão, o plástico, o metal, a matéria orgânica, dentre outros. Através da análise da composição deste resíduo, pode-se estimar o potencial de recuperação dos materiais encontrados, identificar fontes de geração de cada componente, facilitar a escolha do equipamento de processamento, estimar propriedades térmicas, avaliar adesão da população a campanhas já implantadas, identificar o volume gerado de cada material, definir as possibilidades de destinação de cada parcela e o grau de periculosidade do resíduo.

A composição dos resíduos sólidos de uma localidade varia de comunidade para comunidade, de acordo com os hábitos de sua população, o número de habitantes do local, seu poder aquisitivo, as variações sazonais, o clima, o padrão de desenvolvimento, o estilo de vida, o padrão de consumo, o nível educacional, dentre outros fatores. Esta multiplicidade de fatores intervenientes na geração dos resíduos faz com que a definição da sua composição se torne difícil e ao mesmo tempo essencial

Nos dias seguintes a comitiva acompanhou caminhões de coleta de resíduos nas cidades de Amparo e Itapira para o estudo da logística que envolve a cadeia. Em seguida, na cidade de Socorro, conheceram o projeto experimental de compostagem que é realizado pela Prefeitura Municipal local em parceria com a iniciativa privada.

Na manhã do último dia da visita ao Circuito das Águas, houve uma nova reunião com os representantes do Ministério do Meio Ambiente e do CISBRA para análise dos dados coletados e preparação dos estudos, para que em agosto, em Brasília, ocorra o encerramento da primeira fase e início da segunda fase do projeto, que consistirá na definição dos investimentos em tecnologias viáveis para nossa região.

Em Abril deste ano, o Presidente Substituto do CISBRA esteve na Coréia do Sul para conhecer as instalações do Aterro Sanitário de Sudokwon, considerado o maior do mundo.  Segundo ele, trata-se de um local magnífico, onde nem o odor do lixo é sentido. “Além disto, todo o material está abaixo do solo sendo tratado para ser transformado em energia. Enquanto isso, a população pode usufruir de uma praça sobre o aterro”.  Ainda segundo ele, o Brasil necessita de reeducação ambiental - um trabalho que deve se iniciar já nos primeiros anos escolares.

Em meados de 2015, o MMA selecionou o CISBRA, referência na gestão de resíduos sólidos, para sediar o projeto custeado pela Coréia do Sul, por meio de acordo de cooperação técnica firmado com o Brasil. O processo seletivo tinha como alvo consórcios públicos intermunicipais que atuam com resíduos e buscam recursos para implantar projetos na região de atuação. Os consórcios tiveram 30 dias para efetuarem os cadastros e enviar a documentação. O Ministério recebeu 25 manifestações de interesse, sendo que 8 não atenderam aos critérios eliminatórios e 17 participaram da fase classificatória. O CISBRA obteve a maior pontuação no processo seletivo.

O acordo beneficiará 305 mil pessoas. As atividades tiveram início em agosto de 2015. Os recursos (US$ 600mil) deverão ser usados pelo acordo para desenvolver estudos, projetos e programas que contribuam com a redução da produção de lixo, reutilização e reciclagem, além da destinação de resíduos sólidos de maneira ambientalmente adequada e economicamente viável.

 

 

Funcionários do CISBRA junto à comitiva sul-coreana.

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