A economia de energia é trazida pela utilização de lâmpadas fluorescentes, porém, é acompanhada de um risco para o meio ambiente e à saúde. Um dos componentes principais desse produto é o mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico e nocivo. O descarte incorreto dessas lâmpadas propicia a contaminação do ambiente por esse elemento. Uma intoxicação por mercúrio pode afetar gengivas e dentes, o sistema muscular e destruir tecidos do cérebro.
Para evitar esse tipo de contaminação, as lâmpadas fluorescentes devem ser encaminhadas para a reciclagem, onde são devidamente tratadas. Algumas empresas licenciadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), já realizam esse tipo de serviço.
1. Lâmpadas
Existe no mercado uma grande diversidade de lâmpadas com várias tecnologias de iluminação, tonalidades, tamanhos e poder luminoso, sendo classificadas de acordo com seu modo de funcionamento. Os tipos principais são as lâmpadas de descarga e lâmpadas incandescentes:
• Lâmpadas fluorescentes de descarga: utilizam um processo de descarga de corrente elétrica, conduzida por uma substância volátil (mercúrio líquido ou um gás). Os tipos de lâmpadas fluorescentes são:
Lâmpadas de descarga à baixa pressão do tipo tubular, circular e compacta, respectivamente
Lâmpadas de descarga à alta pressão do tipo Luz Mista, vapor de sódio e vapor metálico
• Lâmpadas incandescentes: utilizam um processo de irradiação termal, que consiste no aquecimento de um filamento de tungstênio ou no aquecimento de um filamento de tungstênio e um gás (halógeno).
A lâmpada incandescente pode ter seu destino final em aterros sem restrições de contaminação ambiental por elementos tóxicos. Contudo, deve-se sempre pensar que a reciclagem é o melhor caminho para a destinação final de qualquer resíduo.
2. Reciclagem
A reciclagem da lâmpada fluorescente é demorada e minuciosa, afinal o mercúrio da lâmpada (cerca de 15 mg por unidade) não pode entrar em contato com o meio ambiente. Se inalado pelo ser humano, o mercúrio entra na corrente sanguínea e pode provocar problemas nos rins, fígado, coração e até no cérebro.
Durante o processo, todos os componentes da lâmpada são separados e ao final são encaminhados para empresas que reutilizam os materiais. O vidro, por exemplo, é vendido para indústrias de cerâmica, que produzem com ele um material utilizado na finalização de pisos e azulejos. Já o mercúrio é vendido de forma controlada para indústrias brasileiras, diminuindo a quantidade importada desse tipo de material.
Segundo o instituto Ressoar, no Brasil são 5 empresas autorizadas a processar e encaminhar todos os componentes da lâmpada para a reciclagem, porém infelizmente esse tipo de trabalho atinge apenas 10% das lâmpadas descartadas no país.
Confira abaixo a lista das empresas licenciadas pelo IBAMA:
Apliquim: Paulínia - SP
Telefone: (19) 3884-8140/3884-8141
Brasil Recicle: Indaial - SC
Telefone: (47) 333-5055
Hg Descontaminação: Nova Lima - MG
Telefone: (31) 3581-8725/3541-8696
Mega Reciclagem: Curitiba - PR
Telefone: (41) 3268-6030/3268-6031
Recitec: Pedro Leopoldo - MG
Telefone: (31) 3213-0898/3274-5614
Pela nova lei do lixo, os fabricantes são responsáveis por recolher as lâmpadas que não servem mais. Enquanto isso, o jeito é levar até as grandes lojas de material de construção. Os ecopontos da prefeitura não recebem lâmpadas.
Fontes:
PGIRPBL: http://www.minasmenosresiduos.com.br/doc/infoteca/Cadernos%20Tecnicos/Cartilha-residuos-lampadas.pdf
http://www.ressoar.org.br/dicas_reciclagem_papa_lampadas.asp
http://www.ressoar.org.br/dicas_consumo_economia_energia_eletrodomesticos_lampadas.asp